Juíza Noemia Porto, presidente eleita, também participou do XXVII Encontro Regional da Amatra 6 (PE)
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, foi convidado e fez a fala de encerramento, nesse sábado (26/4), no XXVII Encontro Regional da Amatra 6 (PE). O evento teve como tema principal a “Valorização da Justiça do Trabalho e o futuro do trabalho digno”.
Na ocasião, o presidente Feliciano, que se aproxima do fim de seu mandato, recebeu uma homenagem especial pelo empenho frente à associação nacional. Das mãos da presidente da Amatra 6 (PE), Laura Botelho, o magistrado mereceu uma placa pelo trabalho realizado.
Em sua fala, Feliciano avaliou o último biênio, que, segundo ele, “não foi um período fácil, diante das muitas adversidades enfrentadas, mas com conquistas que orgulham a Diretoria da Anamatra”. O magistrado exaltou, ainda, o efetivo e árduo trabalho realizado em defesa das pautas da carreira e da necessidade de reconfiguração e ressignificação da formação dos juízes do Trabalho, a partir da compreensão da real função constitucional do Poder Judiciário.
“Entendemos que travamos um bom combate. Caminhamos e chegamos agora ao final. Daqui para frente também não será fácil, mas estamos em mãos seguras. Vamos seguir mantendo o espírito e a razão de ser da Justiça do Trabalho”, completou Feliciano, sendo aplaudido de pé ao final.
A presidente eleita para o biênio 2019/2021, Noemia Porto, também participou do evento, como palestrante, e abordou o tema “Os caminhos da Magistratura do Trabalho no cenário atual de desconstrução social”. A posse da magistrada acontecerá o dia 22 de maio, em Brasília.
Para Noemia Porto, o cenário atual é crítico, pois a atual ordem econômica tem gerado novas formas de contratação do trabalho, que seguem a lógica da desregulamentação e da flexibilização, sempre buscando menos direitos e proteção. “Estamos num ponto em que o salário passou a ser algo de menor importância, com remunerações baseadas em pontos, metas, ressurgindo o trabalho por empreitada, entre outras iniciativas que colocam os trabalhadores para concorrer uns com os outros”, explicou. O resultado, segundo Noemia, é o surgimento de trabalhadores desagregados, forjados em ambiente sem espaço para a solidariedade, extinguindo o sentimento de atuação coletiva, base do sindicalismo.
*Com informações e fotos da Amatra 6 (PE)