Magistrado presidiu a entidade no biênio 2015/2017
A Anamatra realizou, nesta quarta-feira (5/12), na sede da entidade em Brasília, a solenidade de aposição da foto do juiz Germano Siqueira na galeria de ex-presidentes da entidade, magistrado que presidiu a Anamatra biênio 2015/2017. A cerimônia foi prestigiada por diversos diretores, ex-presidentes da Anamatra, membros do Conselho de Representantes da entidade e representantes da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).
Em seu discurso, o juiz Germano Siqueira relatou o período em que presidiu a entidade em um tempo difícil e que só se agravou de lá até aqui, sem muita perspectiva de que as coisas melhorem. “Não por acaso foi uma gestão focada na questão dos direitos sociais, no fortalecimento da Justiça do Trabalho”, disse. Na época, segundo Siqueira, já se falava na extinção da Justiça do Trabalho. “E o que temos hoje? Temos a ideia já concretizada do fim de um Ministério que tem 88 anos, que é o Ministério do Trabalho. A realidade que já era complicada ficará muito pior. Esse retrato na galeria é, ao mesmo tempo, um que se junta a outros, de uma entidade que tem uma tradição de luta muito forte”, declarou, lembrando as previsões do art. 5º do Estatuto da Anamatra, comprometido com as prerrogativas da Magistratura, mas também com os direitos sociais, os direitos humanos e a moralidade pública .
“A Anamatra tem em você um patrimônio, uma referência e sempre terá”, declarou o atual presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, ao abrir a cerimônia, a quem coube também encerrar a homenagem. “A grandeza do homem se mede pelas dificuldades que ele encontra no caminho. Os seus dois anos não foram fáceis, eu nem de perto tenho condição de dizer a dificuldade do amigo. Eu reconheço que você se entregou de corpo e alma para aquilo que você acredita e não é preciso mais de um homem. Isso valeu os seus dois anos de Presidência, isso valeu a Anamatra nos dois anos Germano Siqueira. Você realizou a Anamatra. Eu tenho orgulho de ter sido o seu vice-presidente e ponto final. Parabéns por você ser quem você é. Não há flexibilidade no seu discurso, não há opções, não há relativismos. Você é o que é, a sua ideia é reta, e isso você foi como presidente da Anamatra”, afirmou Feliciano.
O juiz do Trabalho Paulo Schmidt, que presidiu a entidade no biênio 2013/2015, falou das características do homenageado, ressaltando a sua ética, retidão de caráter e sólida formação. “O Germano com certeza fez uma gestão muito produtiva e profícua, que manteve o Conselho de Representantes como centro irradiador da atuação política. Você foi um grande presidente”, disse, lembrando que, na gestão do magistrado, teve início o período de complicada conjuntura nacional para a Magistratura e para o Poder Judiciário.
Em nome da Frentas, o juiz federal Antônio César Bochenek, que presidiu a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) no biênio 2014/2016, ressaltou o importante trabalho exercido pelo juiz Germano Siqueira para o sistema de Justiça. “Não ganhamos todas a lutas, mas o presidente Germano esteve presente em todas elas. Ter sido testemunha disso e poder estar hoje aqui nessa homenagem me deixa muito honrado”, afirmou.
O juiz João Ricardo Costa, que presidiu a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) no triênio 2013/2016, também falou da parceria que teve com o homenageado no período em que presidiu a AMB. “Foram momentos não tão difíceis como hoje, mas de prenúncio do que estava por vir. Foi um período de muita sinergia na luta associativa. É muito gratificante estar aqui, em prol daquilo tudo que a passamos, que consolidou a nossa parceria e a nossa amizade. Parabéns à Anamatra por ter tido o Germano como presidente, disse.
Participantes - Prestigiaram a solenidade, além das autoridades que discursaram, toda a Diretoria da Anamatra e membros de seu Conselho de Representantes e os ex-presidentes da entidade Grijalbo Coutinho, Luciano Athayde e Hugo Melo Filho.
Entre os dirigentes da Frentas, participaram os presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme Oliveira Neto, da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, da Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF), Fábio Esteves, além do coordenador da Justiça Estadual da AMB, Frederico Mendes Júnior, e do primeiro secretário da Ajufe, Eduardo Brandão.