Exposição na Câmara dos Deputados retratou os horrores da Segunda Guerra Mundial
O presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, prestigiou nesta segunda (11/4), na Câmara dos Deputados, o encerramento da exposição "Shoá – o Holocausto: como foi humanamente possível?", que retrata os horrores da Segunda Guerra Mundial. A mostra, que ficou na Casa dos dias 26 de março a 11 de abril, exibiu painéis com imagens e textos que explicam, de forma clara, acessível e didática, a vida dos judeus, a ascensão e a propaganda nazista, além dos guetos e dos campos de concentração, entre outros temas.
Em sua fala, Feliciano referiu o fato de que a memória do Holocausto serve para que todas as pessoas, em especial os estudantes que ali estavam, possam refletir sobre a sua condição humana e sobre o fato de que a unidade entre as pessoas define-se por suas direrenças, não por aquilo em que são iguais. Lembrou, ainda, que todos os campos de concentração tinham, em sua entrada, a inscrição 'Arbeit macht Frei', que em alemão signifca 'o trabalho liberta', ironia que os nazistas utilizavam para oprimir os prisioneiros. "O trabalho, de fato, deve libertar, jamais oprimir", disse.
A exposição também possibilitou aos visitantes que vissem fotos e depoimentos de pessoas que sofreram os horrores da guerra. O objetivo foi estimular a reflexão sobre o assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A mostra trouxe o tema para os dias de hoje, a fim de educar jovens e construir uma memória coletiva universal, que transmita e compartilhe valores como tolerância, respeito, diversidade, igualdade, resistência e resiliência.
A exposição foi uma realização do Departamento de Exposições Itinerantes do Yad Vashem (Centro Mundial de Lembrança do Holocausto), em Jerusalém, Israel, com curadoria de Rinat Harris-Pavis e consultoria de Avraham Milgram. A mostra foi exibida pela primeira vez em janeiro de 2015 na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A exposição na Câmara dos Deputados marcou o início de sua trajetória no circuito cultural brasileiro. O Museu do Holocausto de Curitiba foi o responsável pela aquisição dos direitos, tradução, adaptação e produção da mostra em território nacional.
* Com informações da Câmara