A juíza do Trabalho aposentada da 1º Região Edna Kauss inaugura, no dia 15 de outubro, às 16h, na Galeria do Térreo do Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, a exposição “Luz na Cela” com curadoria de Martha Telles, historiadora e crítica de arte. A exposição, que ficará em cartaz até o dia 29 de novembro, foi inserida no calendário oficial do Ano Internacional da Luz instituído pela Organização das Nações Unidas e promovido pela Unesco.
A mostra exibe luz e cor em diálogo com a arquitetura da Cela, galeria situada no térreo do CCJF, recinto que já abrigou o Supremo Tribunal Federal. A ideia da artista é, simbolicamente, iluminar a cela dos cidadãos – mulheres, homens e jovens - que sofreram e sofrem violenta e degradante privação de sua liberdade.
A obra da Kauss se alinha ao construtivismo brasileiro e à tradição minimalista, mostra luz e cor em diálogo com a arquitetura da Cela, em seis trabalhos independentes, nos quais usa cerca de 100 metros lineares de cabos e fitas luminosas.
"Lâmpadas, presentes em Dan Flavin e em François Morellet, estão disponíveis no mercado em dimensões, cores e formas preestabelecidas ou criadas a partir do projeto do autor, porém são rígidas. Os cabos e as fitas eletroluminescentes, por sua maleabilidade e diversidade de cores, ao propiciar uma incrível liberdade de forma tornaram-se para mim uma opção irresistível”, observa a artista.
A exposição conta com seis trabalhos independentes em franca conversa com o espaço que ocupam. São cerca de 100 metros lineares de lâmpadas em forma de cabos de 2,5mm de diâmetro e de fitas com espessura menor que metade da de um cartão de crédito. A tecnologia é da eletroluminescência, material originalmente de uso industrial e comercial, de aspecto luminoso semelhante ao néon.
“A utilização de materiais industriais em minha obra não constitui mero acaso. Revela o alinhamento a um pensamento estético”, explica a artista, cuja obra é tributária do construtivismo brasileiro e da tradição minimalista.
Sobre a artista
Edna Kauss é artista visual e vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua formação artística iniciou-se na Oficina de Escultura do Ingá, Niterói, RJ, com Haroldo Barroso (1986-87). Fez cursos teóricos e práticos sob a orientação de Reynaldo Roels Jr., Paulo Sergio Duarte, João Carlos Goldberg, Iole de Freitas, na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, e grupos de discussão com Guilherme Bueno, além de trabalhar em seu próprio atelier.
Participou de mostras coletivas, entre as quais: 10 anos das Oficinas do Ingá no Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo, em 1987; Posição 2004, na EAV Parque Lage; Interações 2 na Galeria Mira Schendel, Rio de Janeiro, 2005; New Ideas, apresentada em Nova York (Galeria Medialia), Filadélfia, Lisboa (Faculdade de Belas Artes) e Rio de Janeiro (EAV Parque Lage), entre 2005 e 2006; Novíssimos 2009, no Centro Cultural IBEU no Rio de Janeiro; O Que Seria do Amarelo? em sala exclusiva na mostra Tempo, Tempo, Tempo, EAV Parque Lage, 2010; em 2011, Seleção de Acervo, Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida e Panorâmica 2011, Centro Cultural Candido Mendes; Coletiva 2013, EAV Parque Lage; Panor’Almas, Galeria Vitrine am, Paris, setembro 2015.
Realizou as exposições individuais De Dentro para Fora, em 2008, no Centro Cultural Justiça Federal, e Percurso Luminoso 3, na Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida, ambas no Rio de Janeiro.
Textos críticos sobre suas obras foram escritos por Reynaldo Röels Jr., Paulo Sergio Duarte e Guilherme Bueno. Duas de suas esculturas, de aço corten, estão instaladas de modo permanente na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Serviço:
Luz na Cela
Uma exposição de Edna Kauss
Inauguração dia 15 de outubro (terça-feira), às 16h
Galeria do Térreo, Centro Cultural Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241 – Cinelândia - Metrô saída Pedro Lessa
De 3ª feira a domingo, das 12h às 19h
Entrada gratuita
Em cartaz até 29 de novembro de 2015
Informações: 55 21 3261-2550
