A Anamatra premiou na tarde desta quarta-feira (28/11) os vencedores da 5ª edição do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos. A cerimônia aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) e contou com a participação de presidentes das Amatras, magistrados de diversas Regiões e desembargadores do Tribunal. “Esse reconhecimento, ainda que simbólico, tem como objetivo fomentar um esforço contínuo de promoção de boas práticas que tenham como cerne a proteção do trabalhador brasileiro, muitas vezes tão ameaçado pelo setor produtivo e que tem seus direitos mais básicos desrespeitados”, disse o presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna, ao abrir a premiação.
A presidente do TRT-SP, desembargadora Maria Doralice Novaes, elogiou a iniciativa da Anamatra e lembrou que todos devem ser atores na luta pela preservação dos direitos humanos. “Que se promovam ações concretas no mundo do trabalho e lutem contra o trabalho infantil, o trabalho escravo e o trabalho degradante”, desejou a magistrada.
À frente do Prêmio, a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Sandra Berteli, aproveitou a oportunidade para explicar o motivo que levou a entidade a escolher o Cilindro de Ciro para dar forma à estatueta que cada vencedor leva para casa. “Assim como Ciro, a Anamatra vem, ao longo dos anos, gravando a sua história em fatos concretos para afirmação e valorização dos direitos humanos”, ressaltou Sandra.
Já a presidente da Amatra 2 (SP), Patrícia Almeida Ramos, agradeceu por ter tido a oportunidade de apoiar o Prêmio e parabenizou os vencedores. “Parabéns aos homenageados, que hoje concedem brilho e cor ao evento”.
Premiados
A categoria Imprensa teve quatro vencedores. Na subcategoria fotografia, Marcos Porto, de Blumenau (SC), foi o vencedor com a imagem “A dor se repete”, veiculada no Jornal de Santa Catarina. Ana Lúcia Caldas, de Brasília (DF), foi a grande vencedora na categoria Rádio, com o boletim “Começar de Novo – Da capacitação ao esporte: o recomeço dos detentos”, da Rádio Justiça. Dentre os trabalhos de televisão inscritos, o selecionado para ser premiado foi o programa Caminhos da Reportagem “Nosso lixo”, da TV Brasil, de autoria da jornalista Carina Dourado, de Brasília (DF). E o mineiro Joelmir Rezende, de Belo Horizonte (MG), levará o prêmio na subcategoria Impresso, com a reportagem “Fora da Lei”, publicada no jornal O Tempo (MG).
Na categoria Cidadã, a Universidade Católica de Brasília foi a vencedora, com o trabalho “Promotoras Legais Populares pelo Trabalho Doméstico Decente”. Já na categoria Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), programa de autoria da Anamatra realizado pelas Amatras nos estados, o vencedor foi Clóvis Renato Costa Farias, com o trabalho “Comunidade e Direitos sociais”, realizado no Ceará.
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Palestra
Antes da premiação, a procuradora do Estado de São Paulo, Flávia Piovesan, proferiu palestras aos convidados. Ela fez um panorama geral sobre os direitos humanos no mundo e traçou desafios que o Brasil precisa enfrentar a desigualdade, a discriminação e a violação dos direitos sociais.