Direitos básicos, o cumprimento da Constituição Federal e o fortalecimento e a independência do Judiciário. Essas foram as reivindicações da magistratura do Trabalho, que paralisou suas atividades em todo o Brasil no dia de hoje (30/11). Mais de 80% dos magistrados do Trabalho aderiram ao movimento deflagrado pela Anamatra em parceria com os juízes federais. Com a paralisação de um dia, cerca de 20 mil audiências trabalhistas em todo o país serão remarcadas
Nos estados, as Amatras promoveram atos públicos, falaram à imprensa e esclareceram à população que compareceu às Varas do Trabalho sobre a importância de suas reivindicações. Diversos Tribunais Regionais do Trabalho também paralisaram suas atividades, a exemplo da 10ª Região (DF e TO), Goiás (18ª) e Mato Grosso (23ª).
O presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’anna, juntamente com o vice-presidente, Paulo Schmidt e outros dirigentes da entidade, compareceram ao ato público promovido pela Amatra 10 (DF e TO) no prédio das Varas em Brasília. “O juiz que paralisou as suas atividades não deixou de ser juiz, pelo contrário, hoje ele é mais juiz do que nunca, pois está lutando pela continuidade e a independência do Poder Judiciário”, disse.
Além da ausência de uma política remuneratória e de segurança para os magistrados, o presidente da Anamatra também alertou para o alto nível de adoecimento da magistratura do Trabalho, bem como para a necessária garantia da continuidade da previdência pública. “Espero que hoje seja um dia único e que a gente consiga sensibilizar a cúpula dos Poderes para a necessidade de uma solução de nossos problemas. E que isso aconteça não só em benefício do Poder Judiciário, mas de todo o Estado brasileiro”, disse.