No dia 23 de novembro, as juízas coordenadoras do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), Eliete Telles, Rosilda Rocha e Luciana das Neves, estiveram no Colégio Estadual Sargento Antônio Ernesto, em Nova Iguaçu (RJ), para prestigiar o resultado dos trabalhos desenvolvidos com os alunos, ao longo do segundo semestre. O juiz Jorge Lopes e a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Fernanda Barbosa Diniz, também compareceram.
Na ocasião, o professor Leonardo Timbó, que esteve à frente das atividades, explicou que o projeto envolveu as turmas de 6ª série, do Ensino Fundamental, ao Ensino Médio, nas disciplinas Português e até mesmo Geografia. Desta forma, os alunos da 7ª e 8ª séries, por exemplo, produziram cartazes expressando sua visão sobre Trabalho Infantil, enquanto que a 6ª série fez um trabalho sobre salário mínimo, mostrando suas variações de valores pelas Regiões.
No Ensino Médio, os jovens fizeram a simulação de uma audiência e puderam participar de um debate com a advogada trabalhista, Lygia Timbó, que tirou as dúvidas de cada um. Esquetes explicando os direitos básicos dos trabalhadores, como FGTS, adicional de férias e 13º salário, também foram produzidos.
No dia da culminância, após a exibição dos esquetes, para um público de cerca de 150 jovens, os magistrados e a procuradora falaram sobre o Programa e esclareceram pontos que ainda estavam gerando dúvidas. A participação foi expressiva e as principais questões levantadas versavam sobre salário, assinatura da carteira e direitos do aprendiz.
Para Leonardo foi muito importante o contato dos alunos com o tema Direito do Trabalho. “Este era um assunto desconhecido para eles e o interesse foi marcante. Fizeram muitas perguntas e se empenharam nas atividades. Eu dificilmente falaria sobre esse assunto em sala de aula, mas percebi como, para a realidade deles, é importante saber dos seus direitos. O Programa foi fundamental para que eles tivessem essa aula de cidadania”, ressaltou o professor.
A presidente do Grêmio Estudantil da escola, Jéssica de Oliveira, reforçou a afirmativa de Timbó. “Achei importante a aplicação do projeto na escola, porque os alunos são carentes de informação e ainda conseguimos a participação da família, com os pais enviando perguntas pelos filhos, com dúvidas sobre sua realidade de trabalho”, frisou.