A Anamatra realizou nesta quarta-feira (10/12) a aposição da foto do juiz José Nilton Pandelot na galeria de ex-presidentes da entidade. O magistrado, que presidiu a Anamatra no biênio 2005/2007, foi recebido por dirigentes da Anamatra, o Conselho de Representantes da entidade, entre outros representantes do Poder Judiciário e da sociedade civil. Entre os presentes, estiveram um dos fundadores e primeiro presidente da Anamatra, e ministro aposentado do TST, Ronaldo Lopes Leal, e os ex-presidentes da entidade Grijalbo Coutinho, Hugo Cavalcanti Melo Filho, e Ilce Benevides.
O presidente da Anamatra, Cláudio José Montesso, lembrou que a data de hoje marca os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. “Nada mais justo do que homenageá-lo neste dia, já que ele foi o criador do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos. É uma felicidade que a expressão ‘direitos humanos’ esteja atrelada a ele neste momento”, afirmou.
O juiz Grijalbo Coutinho, que presidiu a Anamatra na gestão 2003/2005, fez uma saudação ao ex-presidente Pandelot, ressaltando a sua atuação também como diretor legislativo da Anamatra em sua gestão. Coutinho lembrou a participação de Pandelot na luta contra o nepotismo, nos debates da Reforma da Previdência, entre várias outras lutas associativas. “A gestão do presidente Pandelot, entre outras grandes questões, se notabilizou pela luta em defesa dos direitos humanos”, lembrou Coutinho. “Tivemos alguém à altura dos grandes desafios da Anamatra. Alguém que abdicou de todos os interesses menores e pessoais para dar dois anos do que ele tem de melhor em favor de uma causa nobre e maior que é o da luta por uma magistratura democrática, afinada com o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
José Nilton Pandelot agradeceu as manifestações, afirmando que os bons resultados de sua gestão deveram-se a uma atuação conjunta de toda a diretoria. “Eu me considero apenas um pequeno pedaço do mosaico do movimento associativo. Acredito que juntos nós de fato podemos conseguir mudar a sociedade brasileira. Se me arrependo de alguma coisa foi de não ter tido mais uma oportunidade de empreender uma nova viagem para qualquer lugar nesse país, para uma nova conversa na tentativa de formar um consenso. Somos todos juízes do trabalho e nosso objetivo é encontrar, senão identidade de causas e objetivos, pelo menos o respeito mútuo e a certeza de que desejamos uma magistratura e um Poder Judiciário fortes e independentes”, afirmou Pandelot, agradecendo a homenagem.
Pandelot assumiu a Anamatra aos 39 anos, sendo juiz da 4ª Vara do Trabalho de Betim/MG. Ele nasceu em Leopoldina/MG. Formou-se em Direito em 1988 pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e em 1990 foi aprovado no concurso do Ministério Público mineiro para promotor de Justiça. Três anos depois ingressou na Magistratura do Trabalho e em 1996 já era juiz titular.
Antes de exercer a presidência da Anamatra, foi presidente (2001/2003) e membro do Conselho de Disciplina, Ética e Prerrogativa (2003/2005) da Amatra 3 (MG) e diretor legislativo da Anamatra (2003/2005).