Organização do Poder Judiciário e Independência Judicial, Meio Ambiente, Sáude e Dignidade da Pessoa Humana inclusive no local de trabalho são os temas centrais do Evento.
Outros pontos, igualmente, serão debatidos tais como reformas processuais. Algumas idéias sobre desenvolvimento e cidadania, certamente, estarão presentes e serão reafirmadas. Por óbvio, já estarão visíveis as expectativas a serem registradas, alguns dias após, nas atividades de comemoração dos dez anos do Forum Social Mundial.
Os Juízes sabem que um outro Poder Judiciário, além de possível é cada vez mais necessário. Também a urgência desta necessidade é percebida, primeiramente, por quem convive dentro da Instituição. Sabemos das nossas dificuldades internas e compreendemos as tarefas externas esperadas. Uma das palestrantes já expressou que a compreensão humana “comporta também uma parte de empatia e outra, de identificação. Afinal, o que faz com que se compreenda alguém que chora, por exemplo, não é analisar quimicamente a composição das lágrimas no microscópico” ( Amini Haddad Campos, “Constituição, democracia e desenvolvimento, com direitos humanos e justiça”, Curitiba: Juruá, 2009, p. 65).
O Mundo atual, igualmente, tem aberto novas formas de comunicação e novos modos de transformação social estão em curso. O sociólogo Florestan Fernandez, logo após a Constituição de 1988, revelou que nem todos compreendem as modificações sociais, inclusive porque “os subterrâneos nem sempre entram para a história”, embora sejam relevantes e deixem marcas inafastáveis (“A Constituição Inacabada”, São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1989).
Nestes dias acontecerá a rica troca de experiências, o reconhecimento de algumas preocupações, a afirmação de alguns desejos de inclusão social, profunda e duradoura. Este processo já iniciou alguns dias antes destes dias, de intenso convívio. Mesmo após este Evento, se prolongarão, através da internet ou não. Serão inúmeras as trocas de documentos e informações das mais diversas áreas, deixando frutos ou, no mínimo, sementes.
Dentro do mesmo espírito do Forum Social Mundial, as deliberações e votações não são os momentos mais relevantes. Por isto mesmo, neste VI FMJ, não se espera que algum Plenário tenha dificuldade de bem compreender eventuais restrições do voto. Isto em nada irá desmerecer a participação e contribuição de outros Profissionais e inclusive Estudantes, que são aguardados.
A construção de consensos mínimos que nos levem à ação é a busca mais imediata. Para tanto, é satisfatória a confirmação de Palestrantes dos Paízes vizinhos, Autoridades dos Três Poderes e Professores das diversas Regiões do Brasil.
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* Luiz Antonio Collussi – Juiz do Trabalho na 4ª Região e presidente da Amatra 4
** Ricardo Carvalho Fraga – Juiz do Trabalho no TRT da 4ª Região