Com 3,6 mil juízes, a instituição diz defender a justiça trabalhista e os direitos sociais
Em sessão solene, nesta segunda-feira (11), o plenário do Senado celebrou os 48 anos de criação da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho). Com 3,6 mil magistrados, a instituição diz defender a justiça trabalhista e os direitos sociais.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi o primeiro signatário do requerimento que comemorou a data. O parlamentar destacou que a Anamatra foi criada em 1976, em São Paulo, para reunir os juízes do Trabalho em seus objetivos comuns.
"A atuação histórica da Anamatra apoia-se na base do crescente prestígio da Justiça do Trabalho com a sociedade brasileira, sociedade que tem conhecido os esforços desses magistrados na defesa dos direitos do trabalhador, das mulheres e dos homens que constroem o nosso país", defendeu Carvalho.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) relembrou que, entre 1994 e 1998, participou como juiz classista na 10ª Região (DF/TO). Segundo o senador, agora é preciso se debruçar sobre os novos desafios. Além disso, a associação é desafiada em torno das novas realidades do trabalho virtual.
"A gente entra na primeira instância, vai para a segunda, vai para a terceira, leva 10, 15, 20 anos, e você não tem uma solução do problema. Então, o desafio da Anamatra é muito grande, e a gente vai precisar realmente aqui no Congresso Nacional discutir essas relações trabalhistas", destacou Izalci.
A presidente da Anamatra, Luciana Paula Conforti, lembrou que a associação sempre combateu as tentativas de interferências políticas, administrativas e econômicas na independência judicial, nas prerrogativas da magistratura trabalhista e na autonomia do Poder Judiciário.
"E sempre teve entre as suas bandeiras históricas a defesa da democracia, dos princípios republicanos, da Justiça do Trabalho e de sua competência, do direito do trabalho, o combate à corrupção, ao nepotismo e a intransigente defesa da carreira da magistratura do trabalho. e que sempre teve entre suas bandeiras históricas 'a defesa da democracia, dos princípios republicanos, da justiça do trabalho, o combate à corrupção, ao nepotismo e a intransigente defesa da carreira da magistratura do trabalho'", explicou Luciana.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, desembargador José Ribamar de Lima Júnior, relembrou a trajetória da Anamatra.
"A Anamatra, ao longo de sua existência, tem conseguido com êxito abraçar a defesa da magistratura e das prerrogativas, porque sabe que é necessário para o Estado de direito prestar o seu papel - uma magistratura independente, uma magistratura que tenha coragem de decidir, uma magistratura que seja aquilo que espera a nossa sociedade em termos de Poder Judiciário, que preste a jurisdição de forma célere, com qualidade", disse Júnior.
"E, para que isso aconteça, há que ter magistrados também vocacionados, mas magistrados, sobretudo, independentes", continuou.
Fundador da associação, o ex-ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Horácio Raymundo de Senna Pires foi homenageado com uma placa de agradecimento.
"Esses 48 anos não fazem nenhum efeito de estagnação, continuam a ser mais uma etapa de luta, de trabalho. E a minha palavra de esperança é de que jamais poderemos retroceder, nem paralisar", disse.
Por fim, o plenário fez um minuto de silêncio em homenagem a Hélio Costa Pacheco, pai do senador Rodrigo Pacheco, que morreu na sexta-feira (8).