Para a presidente da Abrat, mobilização defende trabalhadores e instituições trabalhistas que são alvo de cortes no governo atual
Após ato contra a extinção da Justiça do Trabalho, realizado por diversas entidades do setor nesta segunda-feira (21/1) no Foro Trabalhista de Brasília, a presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Alessandra Camarano, disse que a mobilização tem como principal objetivo assegurar o acesso dos trabalhadores ao direito à cidadania.
O encontro desta segunda ocorreu em função do calendário dos funcionários da Justiça do Trabalho, que retomaram as suas atividades após o recesso de fim de ano. A Abrat convocou o ato, que contou também com a participação de diversas associações nacionais, como a dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e dos Procuradores do Trabalho (ANPT).
De acordo com Alessandra, a possibilidade de acabar com esse ramo da Justiça, somada à iniciativa de fatiar o ministério do Trabalho, é um tema recorrente, anterior à chegada de Jair Bolsonaro (PSL) ao poder. “Na época de campanha eleitoral, já havia essa conjectura”, afirmou. Na administração de Michel Temer, por exemplo, a reforma das leis trabalhistas também geraram críticas da Justiça do Trabalho.
Ainda assim, ela acredita na necessidade de mobilizar trabalhadores de todas as áreas como forma de impedir o que ela classifica como “retrocesso”.