O presidente da Anamatra (associação dos juízes trabalhistas), Guilherme Feliciano, afirma que o fim do Ministério do Trabalho e uma possível incorporação pelo Ministério da Justiça da fiscalização hoje com a pasta tira força da área.
"A questão da fiscalização do trabalho ao meu ver perde força e articulação à medida que passa para o Ministério da Justiça", afirma o magistrado.
Segundo ele, as ações de combate ao trabalho infantil, às fraudes trabalhistas e ao trabalho escravo não devem ser desmembradas. “Não parece boa essa fragmentação.”
Para Feliciano, a decisão de extinção do ministério do Trabalho é ainda inconstitucional.
“Há uma perda simbólica, são 88 anos do Ministério do Trabalho que se perdem, e, nesse particular, perde-se um valor constitucional, que está enunciado no artigo 1º da Constituição como valor da República, que já deixa efetivamente ter o status de ministério.”