O Ministério Público do Trabalho está atento à pauta do STF, em agosto. O tribunal deve julgar três ações que contestam leis estaduais e municipais que baniram o uso do amianto, material comprovadamente cancerígeno e que é proibido em quase todo o mundo. Uma quarta ação foi movida pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) e pela Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho. Questiona uma lei federal que flexibilizou regras sobre o amianto. Procuradora do Trabalho e gerente do Programa de Banimento do Amianto no Brasil do Ministério Público do Trabalho, Márcia Kamei Aliaga teme que o Supremo leve o país a um retrocesso, ao dar prazos generosos para o retirada do produto de circulação. "O banimento é para ontem", alerta a procuradora. "Quanto maior a demora, mais pessoas seguirão expostas". No Rio, ainda há duas plantas industriais que usam amianto.