Para ser um juiz, é necessário passar em um concorrido concurso público. Mas, antes de tudo, é preciso ter o dom de julgar. Quando o magistrado assume o cargo, deve tomar decisões que vão mudar a vida das pessoas. O problema, muitas vezes, é que essas decisões não agradam. E é aí que surgem os problemas. Ameaças, agressões e até morte. Hoje, há 17 mil juízes no Brasil e, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça, 202 deles são obrigados a viver com proteção policial durante 24 horas por dia.
O programa Fórum aborda o assunto com a participação do secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz federal Fabrício Bittencourt da Cruz, e o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Germano Siqueira.
O secretário-geral do CNJ diz que o Conselho tem olhado o problema com preocupação. “No nosso modo de perceber a situação, não é um risco contextual. É um risco que faz parte da carreira e pode gerar consequências severas”, diz Fabrício Bittencourt.
Magistrados da Justiça do Trabalho também sofrem os efeitos da violência, alerta o presidente da Anamatra. “Um reclamante chegou a tentar agredir uma juíza com um estilingue, aquela arma muito rudimentar. São extremos que os juízes vivem, desde ameaças muito reais contra essas, triviais”, afirma Siqueira.
Além disso, os dois convidados falam sobre o déficit de magistrados no Brasil, que gira em torno de cinco mil profissionais. Uma vaga de juiz leva até dois anos para ser preenchida no país.
Exibições:
Inédito: 16/07, às 12h30.
Reapresentações: 17/07 às 18h; 18/07 às 11h30; 19/07 às 12h; 20/07 às 11h; 21/07 às 22h; e 22/07 às 10h30.