Depois de vários ensaios,
finalmente, terá início nos próximos dias uma extensa
pesquisa sobre o "Perfil da Magistratura do Trabalho
no Brasil", fruto de parceria celebrada entre a
Anamatra, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Trata-se da mais ampla pesquisa sobre o
JudiciárioTrabalhista. O estudo cobrirá magistrados
das três instâncias trabalhistas, com o propósito de
revelar a face real da Magistratura do Trabalho, sob os
mais diversos ângulos, a partir de uma investigação
científica a ser desenvolvida pelas professoras
Regina Moraes Morel e Elina Fonte Pessanha, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Angela de
Castro Gomes, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de
Janeiro.
Com vasta experiência na área de pesquisa sobre as relações sociais e o Direito do Trabalho no Brasil, autoras de importantes livros e artigos publicados em revistas especializadas, as professoras das universidades cariocas, estudiosas do mundo do trabalho e de suas transformações, têm formação e desenvolvem as suas atividades acadêmicas nos campos da sociologia, da antropologia e da história. Tudo isso, sem nenhuma dúvida, está a demonstrar a razão pela qual a Anamatra aposta no êxito da parceria antes noticiada. Aliás, o trabalho final deve resultar na edição de um ou mais livros acerca do perfil do magistrado do trabalho, bem como sobre aspectos relevantes do Direito e da Justiça do Trabalho, exatamente no ano do 30º aniversário da nossa Anamatra (2006).
A divulgação desse perfil será profundamente interessante tanto para os magistrados, quanto para suas associações e a sociedade civil, em geral; daí a elevada importância desta pesquisa, que se inicia com o questionário a ser enviado aos associados da Anamatra. A partir dele, podemos pleitear com maior objetividade, argumentar com melhores fundamentos e assegurar com inapeláveis motivos respeito às prerrogativas da magistratura trabalhista brasileira. Seja qual for o segmento, a investigação científica será sempre indispensável para o conhecimento profundo do tema e também para afastar os velhos fantasmas que rondam as economias periféricas exploradas pelas nações imperialistas.
A Anamatra está apelando aos seus
associados para que respondam e devolvam os
questionários, conforme indicação feita na carta.
Não é preciso consignar o papel fundamental
atribuído a cada Amatra, revelada também na
insistência para que o maior número de associados
responda ao questionário. Espero, sinceramente, o
envolvimento do(a) colega associado(a) nessa cruzada
em defesa da produção do primeiro estudo científico
que aborda exclusivamente o perfil do magistrado
responsável pelo julgamento dos principais conflitos da
sociedade capitalista: as demandas entre o capital e o
trabalho. É compromisso da Anamatra colaborar com o
trabalho das pesquisadoras Elina Fonte Pessanha,
Regina Moraes Morel e Angela de Castro Gomes. Esse
gesto deve ser confirmado pelos associados, com o
preenchimento do questionário, cujo sigilo está
garantido, e devolução respectiva.
Ao final dos trabalhos, com a profunda análise dos dados coletados, teremos elementos revestidos de base científica autorizadores da defesa de teses e do reconhecimento da importância da Justiça do Trabalho atuante e bem estruturada num País que um dia pretende ser mais justo com a imensa maioria do povo brasileiro.